Saturday, February 10, 2007

pressão baixa

com o sol desabando pelassaias das nuvens
a rua fervilha em estampidos.
marlboro vermelho me grudando no chão

bem que isto não é nadasinto o mal que vem como que passasse
pois não tenho credo ou posto só a própria dúvida do gosto
de construir fronteiras n'alma e erguir muros sobremaneira!

que por centimetro figura o instante de um lugar
eu que sou meu sononão sou meu dono
desconheço por completo minha própria anatomia

do centro o que conheço
me leva até o tropeço
uma piada já antevista

é coisa demais de absurda essa sensação de solidão de começo
a multidão engrossa
quem sou eu? que desconheço o que sinto que sou
fico a roer minha sombra comtemplando a silhueta do ser

eventualmente vou acabar perdendo
bem sei que falha em mim o que sou
mas não me rendo enquanto há tempo
quero saber por onde vou